quarta-feira, maio 23, 2007

Aconteceu a um amigo meu (a pedra)

A ausência instala-se como se fosse uma novidade. Conquista território, não se expande para além das partes do corpo que normalmente acolhem emoções, principalmente o peito e a alma, mas toma inexoravelmente conta de mim. Exerce um peso, na nuca, em particular. Se tivesse uma banda sonora, seria um zunido. Despoleta um sentido de fraqueza, mas a última coisa que me ocorre é comer. Ligado à máquina, desenharia uma linha contínua, com raras oscilações, que mais não seriam que suspiros.
Os olhos ficam secos de pouco pestanejarem, fixados num ponto sem culpa, e um abraço teu era tudo o que eu queria.

Martinho

3 Comments:

Blogger Graduated Fool said...

Conheço bem a sensação, tão bem. E é quando a linha está estática na horizontal, sem oscilações, sem vida, que mais perto nos sentimos do vazio, da morte, até.

8:51 da tarde WEST  
Blogger Graduated Fool said...

This one goes out to the one i love...
this one goes out to the one i left behind.

Tão bonito.

8:57 da tarde WEST  
Blogger peter_pina said...

tao...bonito...

tão....

p.p.

10:13 da manhã WEST  

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